HomePage
Gnudenberg
A idéia é um desktop em 486 com aplicativos gráficos apenas quando necessário. Em grandes centros urbanos, a melhor abordagem para a democratização do acesso à informática sem dúvida está na montagem de telecentros, já que com pouco investimento é possível montar uma sala com dez ou vinte computadores que servem a centenas de usuários -- muito mais barato do que comprar um computador para cada pessoa.
Em ambientes rurais ou afastados, no entanto, montar telecentros pode não ser a melhor solução, dada a distribuição demográfica. Por isso, aproveitar máquinas 486 baratas para, por exemplo, assentamentos do MST, pode ser uma solução muito mais adequada.
Nome
Gnudenberg é uma mistura de GNU com o digestivo Underberg, muito apreciado pelos desenvolvedores da distro.
Gnudenberg Manifesto
"Unir a alta tecnologia do software com baixas tecnologias de hardware" Manifesto: as atuais distribuições de GNU/Linux voltadas para o usuário final tem seus ambientes de trabalho baseados em bibliotecas gráficas que exigem um alto desempenho de hardware. Os requisitos mínimos para rodar um ambiente gráfico como KDE ou GNOME são, no caso da plataforma PC, um processador K6 ou Pentium II e 64MB de mémoria, sem levarmos em conta o espaço em disco. Essa configuração mínima pode parecer razoável e o constante barateamento dos computadores permitem que, no Brasil, com cerca de R$500 seja possível montar tal sistema. Esse valor pode parecer pequeno se não for comparado com a renda da população, que torna a aquisição de computadores, até os ultrapassados, inviável. "Mesmo com a internet gratuita, o simples fato de ser requerido um computador torna a comunicação de dados privilégio para poucos ricos no país do Fome Zero, como ficou demonstrado em estudo recente de uma grande concessionária, que aponta a seguinte distribuição de usuários da internet que conectam seus computadores através da rede de telefonia: a classe A, com 73%; a classe B, com 31%; a classe C, com 4%; as classes D e E ficam com 0%."[1] Esta distribuição de GNU/Linux foi desenvolvida para superar a dificuldade financeira do acesso à informática, criando um ambiente leve e de alta performance usando Software Livre. Ela utiliza na maior parte das suas aplicaçães apenas o modo texto, dispensando assim a necessidade de memória em excesso e também driblando o fraco suporte dos servidores de janelas existentes às placas de vídeos antigas. Assim, pode-se rodar um ambiente de trabalho num computador de menos de R$300, que muitas vezs pode ser conseguido através de doações, tal é o sucateamento de 386, 486 (8MB RAM) e Pentiums de primeira geração. É bem sabido que o Linux roda nessas máquinas, mas apenas um usuário com conhecimentos de computação conseguirá fazer alguma coisa. Pessoas que querem apenas redigir um texto, ler uma notícia na internet, usar email ou participar de listas de discussão ficam desencorajados ao saberem que precisam aprender a linha de comando. Acima de tudo, essa é uma distribuição voltada ao usuário final, principalmente aquele com baixo poder aquisitivo e com pouco conhecimento em computação. Com isso em mente, foi utilizado um ambiente orientado pro menus de texto e teclas de atalho, evitando ao máxio o uso de comandos por extenso. Além desse objetivo, essa distribuição pretende mostrar que o ambiente gráfico, orientado por janelas e pelo mouse muitas vezes não é uma necessidade tecnológica e sim algo supérfluo. Ela também fornece aplicações não convencionais a um microcomputad or caseiro. Possui ainda a capacidade de ser carregada remotamente, possibilitando a montagem de telecentros de baixo custo, com computadores 486/8MB sem disco rígido e com um monitor colorido saindo por volta de R$100 e um servidor com maior capacidade de processamento e armazenamento. [1] Rogério A.B. Gonçalves, http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/eno130120041.htm
Listas de discussão
- Lista de discussão: http://listas.sarava.org/wws/info/gnuden
- Lista de discussão mais genérica: http://lists.riseup.net/www/info/linux4all